A
necessidade de recriar histórias - com o intuito de propagar cultura e hábitos
específicos, influenciar determinado público ou até mesmo para fins de
entretenimento – sempre acompanhou o homem. Vários meios de comunicação
permitem que este objetivo seja concretizado, dentre eles a pintura,
fotografia, música, obras literárias, telenovelas e cinema.
O
cinema dialoga com o conceito de mimeses – citado tanto por Platão quanto por
Aristóteles – visto que a história retratada imita a natureza ou uma ação. Esta
representação exerce influência direta ou indireta sobre o público, uma vez que
dita tendências e modo comportamental. Logo, é necessário que o conteúdo dos
filmes seja repensado pelas indústrias cinematográficas, visando à disseminação
cultural em detrimento ao espetáculo de assuntos sem importância educacional e
ética. Livros da literatura nacional transformados em filmes, por exemplo,
servem como ferramenta de apoio e complementação do entendimento. Assim, a
sociedade se tornará mais crítica e o aprofundamento lhe permitirá ser mais conhecedora
da realidade.
Esta
ferramenta pode ser vista também como instrumento de inclusão social. Projetos
que insiram a prática de assistir a filmes em ambientes públicos é uma medida
necessária, pois poderá despertar ou aguçar o interesse por discutir e
interpretar o enredo e a forma de representação ou até mesmo influenciar um
grupo a criar uma cena de sua própria realidade. Dessa forma, a manifestação e
a troca cultural serão favorecidas.
Os avanços tecnológicos e desenvolvimento da
capacidade comunicativa permitem dizer que vivemos um período repleto de
oportunidades. Cabe a nós selecionarmos as mais “aptas à sobrevivência”, ou
seja, aquelas que fazem o homem progredir intelectualmente, pois o ser dotado
de maior conhecimento acerca do mundo é capaz de transformá-lo.
Marisa Assis Almeida
Texto dissertativo - Aluna: Marisa Assis Almeida
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